MEU LEMA

Thursday, March 28, 2013

SEGURANÇA PÚBLICA E AS MÍDIAS SOCIAIS




Há uma questão em O Livro dos Espíritos (Q-932), obra fundamental da filosofia espírita, em que Allan Kardec faz a seguinte indagação às entidades espirituais que entrevista:  Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons? “Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.” Os bons, embora mais numerosos, são tímidos. As exortações espirituais lançam luzes sobre todas as áreas da convivência humana.
A produção de mídias sociais no setor da segurança pública daria um salto de qualidade se focasse além das ocorrências de rotina, das notícias sobre crimes, armas, blitzs, prisões e operações policiais, destacasse também as ações preventivas, as ações sobre o policiamento comunitário, as parcerias comunitárias, objetivando ampliar a rede de proteção da segurança pública. Que também veiculasse nas respectivas redes as ações de prevenção e de tratamento sobre o uso indevido de drogas tanto para o público interno (PAISPM-Programa de Atenção Integral à Saúde do Policial Militar) quanto para o público externo (PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência).  Neste contexto nenhuma das Unidades Policiais, operacionais ou não, ficaria de fora. Todos os setores merecem destaque e divulgação das respectivas ações realizadas no âmbito de suas gestões, em benefício da comunidade e do público interno.
Os órgãos de divulgação oficial na área da segurança pública seguem a tendência natural de divulgarem com prioridade as ocorrências relacionadas ao serviço, geralmente prisões de meliantes, apreensões de armas, drogas e instrumentos utilizados para a prática criminal. De imediato estas notícias são captadas pelos órgãos de imprensa que as distribuem pelas diversas redes. Nestes órgãos às vezes aparecem notícias altruísticas com destaques para aqueles que desempenharam bem o seu papel ou com mensagens dos comandos ou das autoridades. Todas as publicações, altruísticas ou não, aparecem no mural comum e logo são substituídas por novas informações policiais que surgem a todo instante.  As ações e atenções que direta ou indiretamente promovam o bem estar e a paz dos operadores da segurança pública deveriam aparecer em espaço próprio, permitindo serem visualizadas por um tempo mais longo.  Medidas simples e econômicas que podem favorecer uma divulgação positiva, atingindo tanto o público interno quanto externo.
Especialistas em comunicação alertam para os efeitos prejudiciais do noticiário massivo com destaque para notícias deprimentes. Pesquisadores alertam que estas mídias repassam mensagens subliminares de baixo teor, provocando doenças psicossomáticas e aumentando a tensão social. Em Sol nas Almas, obra mediúnica psicografada por Chico Xavier, o espírito André Luiz adverte-nos: “Semelhantes exibições abalam as energias nervosas, sacodem-nas e dissipam-nas, impingindo, não raro, no ânimo de grande número de expectadores imprevidentes, sugestões de caráter negativo que começam em pensamentos nocivos, na aparência sem qualquer importância, e terminam na brecha moral por onde a obsessão se insinua ou o stress negativo se instala repetidamente. Em seguida, os cultores desses estimulantes deprimentes se declaram enfermos, em casa, confessando-se inadaptados à vida familiar, a perambularem por consultórios médicos e hospitais de repouso, sem pensar que desajustaram o sistema nervoso por si mesmos, a força de se agitarem inutilmente”
Não nos deixemos render à febre de excitações novas que circulam nas redes sociais. Cada espírito responderá, perante a Lei de Causa e Efeito, pelo emprego do corpo físico em que se manifesta no mundo. Quantos exemplos existem por toda parte realçando o poder das ações no bem. Quando quiserem, os bons preponderarão, um alerta da espiritualidade superior para os homens do tempo novo.  Sejamos sensatos e busquemos também na mídia uma cultura de paz. As ações positivas não devem ser negligenciadas, elas merecem espaço prioritário.
Jesus alertava que é necessário que venham os escândalos no mundo: "Ai do mundo por causa dos escândalos; porque é mister que venham os escândalos; mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (Jesus, no Evangelho segundo Mateus, capítulo 18, versículo 7).
Este aviso de Jesus demonstra que devemos tomar todo o cuidado para não servirmos de divulgadores da soberba, do ódio, da traição, da vingança, do desprezo. Porque, com certeza, aquilo que plantarmos, isto mesmo colheremos.

FRANCISCO DE ASSIS ALENCAR